domingo, 22 de setembro de 2013

Obrigada Montevidéu!

Foram quatro espetáculos noturnos mais um para estudantes no Auditório Nacional del Sodré, aqui em Montevidéu, uma cidade culturalmente preparada para receber espetáculos de dança. As apresentações da SPCD estavam lotadas, a mídia cobriu cada passo que demos e o resultado foram ótimas críticas, muitas delas divididas com vocês aqui. 

O repertório composto por Bachiana n1, de Rodrido Pederneiras; Supernova, de Marco Goecke e Por Vos Muero, de Nacho Duato mostrou ao público uruguaio um pouco da versatilidade dos intérpretes da SPCD, sob direção de Inês Bogéa. 

Foram alguns posts, muitas fotos, uma nova interface com o Instagram e o Facebook, que as palavras não precisam ser repetidas aqui. 

No final desta temporada nos resta agradecer por vocês terem seguido (lido, curtido...) tudo o que fizemos. Amanhã voltamos para casa. Será um dia longo: de Montevidéu para Buenos Aires e depois de lá para São Paulo. Prometemos fotos e posts. Tudo para que você continue perto da gente, entendendo muitas maneiras de dançar. 

Que venham as próximas viagens. Obrigada! 

Turma na última aula de Galizzi para a SPCD no Uruguai

Reverance 

Aline Campos, Artemis Bastos, Fabiana Ikerara, Thamiris Prata e Diego de Paula 

SPCD 


Correções 

SPCD e no centro: Yoshi Suzuki 

Morgana Cappellari 

Joca  Antunes 

Ammanda Rosa e Morgana Cappellari 

André Grippi 

Palco da SPCD por 4 dias 

Público no espetáculo 


Antonio Magnoler, Marcela Benvegnu, Inês Bogéa e Luca Baldovino 

SPCD e técnicos do Sodré 

SPCD e técnicos do Sodré 

Marcela Benvegnu, de Montevidéu, Uruguai 


Em todos os espaços

Aula, correções, ensaio, ensaio, ensaio, apresentação, aplausos. Aula, correções, ensaio, ensaio, ensaio, apresentação, aplausos. Aula, correções, ensaio, ensaio, ensaio, apresentação, aplausos. E depois começa tudo de novo. Assim é o dia-a-dia de um bailarino em turnê, que vocês tem acompanhado aqui esta semana. 

Ontem a turma também teve a manhã e tarde livre. A aula começou às 16h30 como vocês puderam acompanhar pelo Facebook e pelo Instagram. Enquanto a coordenadora do ensaio Karina Mendes fazia as correções da noite anterior para uma turma, Thamiris Prata e Norton Fantinel ensaiavam o Grand pas de deux de Dom Quixote (que não está no repertório nesta viagem) com Mario Galizzi, e Luiza Lopes e Joca Antunes ensaiavam com Inês Bogéa, diretora da companhia, o pas de deux de Bachiana no1. Todos juntos, em todos os espaços ajustando o que vem por aí. 

A imprensa uruguaia é muito presente. E a crítica tem elogiado muito nossa passagem por aqui. Hoje recebemos mais uma crítica e essa no rádio, como um dos mais recomendáveis espetáculos para se ver por aqui. Ela é "contada" por na rádio Espectador (Ouça a crítica aqui).... e outra matéria aqui: http://www.elpais.com.uy/divertite/teatro/grupo-paulista-danza-auditorio.html 

Agora seguimos para a última apresentação da temporada. Que o teatro continue lotado para que possamos mostrar a nossa arte para essa plateia tão calorosa.

Auditorio Nacional del Sodré

Aline Campos em aula 

Luiza Lopes e Joca Antunes

Correções com Karina Mendes


Ensaio com Inês Bogéa 

Thamiris Prata e Norton Fantinel com Mario Galizzi 

Os destaques do mês no Sodre

Diego de Paula e Bruno Veloso no aquecimento

A visão da coxia 

Público receptivo

Um olhar pela janela 

Marcela Benvegnu, de Montevidéu, Uruguai

sábado, 21 de setembro de 2013

Do segundo para o terceiro...

...espetáculo. 

Vocês devem estar se perguntando como foi o espetáculo de ontem. Especial. Plateia lotado, elenco afinado. Para dividir com vocês hoje saiu uma ótima crítica sobre a SPCD, no El Observador (leia aqui), assinada pela Fernanda Muslera que diz: "A São Paulo Companhia chegou  com o pé direito em sua primeira visita ao Uruguai com três coreografias desafiantes que demonstraram a excelência e o nível técnico de seus bailarinos". 

O dia de ontem aqui começou mais tarde. Os bailarinos tiveram a manhã livre e parte da tarde (deu tempo de conhecer o Mercado Municipal e outros pontos) e foram para o Auditorio Nacional de Sodre às 16h30 para a aula de Mario Galizzi. Depois tiveram correções e ajustes de elenco. Ontem, Yoshi Suzuki revezou com Diego de Paula em Supernova. Hoje, Luiza Lopes dança o pas de deux de Bachiana, que até então vinha sendo dançado nesta temporada por Karina Moreira. 

O repertório aqui é composto por três peças que falam de amor, vida e morte. Inspirado pela Bachianas Brasileiras nº 1, de Heitor Villa-Lobos, Rodrigo Pederneiras criou Bachiana Nº 1 peça em que a dança responde à estrutura íntima da música. A coreografia, dividida em três movimentos, evidencia a brasilidade, o romantismo e a paixão do nosso povo. Os violoncelos que se sucedem a cada parte da música traduzem o gesto em si, e dessa afinação entre som e movimento surge a obra, que ganha acentos particulares no corpo de cada intérprete. Em Bachiana Nº 1 a versatilidade dos bailarinos traz novas ênfases à linguagem de Pederneiras.

A segunda obra da noite é Supernova (que foi apontada pela crítica como a grande sensação aqui no Uruguai). Inspirado pela música de Antony & The Johnsons e pelo fenômeno astronômico das supernovas – estrelas que explodem e brilham no espaço por algum tempo – Marco Goecke criou esta obra em 2009 para a Scapino Ballet Rotterdam.Supernova é uma coreografia de contrastes, na qual morte e vida, escuro e claro, estão ligadas pela energia de cada corpo. Os bailarinos aparecem e desaparecem do palco misteriosamente e a movimentação é marcada por sequências muito rápidas, precisas e controladas que fazem os corpos vibrarem. Para Goecke, cada movimento pode acontecer somente uma vez. "Você pode fazê-lo cada vez mais rápido, então dificilmente ele vai existir no final". A São Paulo Companhia de Dança é a primeira companhia no Brasil a dançar uma obra de Goecke.


E para fechar o programa, temos Por Vos Muero, que estreou em junho na temporada do Teatro Sérgio Cardoso. Por Vos Muero, de Nacho Duato, é uma coreografia de usa da dança clássica e contemporânea para sugerir uma atemporalidade nas relações humanas. Duato usa a poesia fantasmagórica de Garcilaso de la Vega e guitarra espanhola para capturar a essência do espírito artístico da Espanha da época, traduzindo a coreografia como uma expressão do povo e uma homenagem ao papel fundamental que a dança ocupa naquele país. A fusão de músicas antigas espanholas, dos séculos 15 e 16, favorece a diversidade de dinâmicas exploradas pelo coreógrafo e revela uma dança fluída e ritmada que remete há outros tempos, mas é atemporal. Esta é a segunda peça de Duato no repertório da São Paulo Companhia de Dança.

Aguardo os próximos posts com mais bastidores desta temporada. Que venha o terceiro espetáculo! 

Público aguardando para entrar na sala de espetáculos

Mercado Municipal 

Aula com o maestro Mario Galizzi

Galizzi 


Aula 

Para a gente se localizar.... 

Yoshi Suzuki em ensaio de Supernova: troca de elenco com Diego de Paula 

Ajustes de figurino 

Luiza Lopes e Joca Antunes no pas de deux de Bachiana: ensaio com Inês Bogéa e Karina Mendes 

Camarins 

E na saída o reconhecimento das pessoas que querem tirar fotos com os bailarinos


Marcela Benvegnu, de Montevidéu, Uruguai 

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Em dia de estréia...

... dá frio na barriga. Não importa quantas vezes se dance o mesmo balé, todo dia é dia de estreia para um bailarino. A dança se realiza ali, na cena, naquele instante, naquele lugar. Inês Bogéa, diretora da São Paulo Companhia de Dança diz que a dança acontece no encontro entre o bailarino e a plateia, assim, a nossa dança acontecerá daqui a pouco no Auditório do Teatro Sodré, aqui em Montevidéu. É a nossa primeira vez aqui. 

O teatro tem uma estrutura incrível e foi inaugurado em 2009. Já o balé (deste mesmo teatro), o Ballet Nacional de Sodre, é uma companhia antiga, de 78 anos. Hoje, assim como ontem, as companhias se encontraram, fizeram aulas juntas na parte da manhã e depois fomos convidados para ver trechos dos ensaios deste grupo, atualmente dirigido por Julio Bocca. 

Depois aula dos bailarinos da SPCD seguida de um ensaio geral. Na plateia 200 estudantes de dança puderam conhecer o programa da noite que conta com Bachiana no1, de Rodrigo Pederneiras; Supernova, de Marco Goecke e Por Vos Muero, de Nacho Duato. "Foi muito divertido assistir ao ensaio porque antes eu só imaginava o que e como eram os bailarinos brasileiros dançando. Foi ótimo ver de perto e sentir a coreografia. Me emocionei com o pas de deux de Bachiana n1", disse Mariá Rivero. 

Confira algumas fotos do dia de hoje e também de Montevidéu. E toi toi toi para a estreia!

Essa é a Beth, nossa camareira. No detalhe ela prepara o sal que é usado na coreografia Supernova 

O teatro que hoje de noite será ocupado para assistirem a estreia da SPCD em Montevidéu

Antes da aula. Rodolfo Saraiva ao piano.

Yoshi Suzuki se aquecendo antes da aula de balé clássico 

Nielson Souza e Diego de Paula: antes da aula

Objetos cênicos de Por Vos Muero, de Nacho Duato: tudo pronto 


Estudantes de dança entrando no teatro 

Inês Bogéa apresenta o programa da tarde para os estudantes 


TV Uruguai registra o ensaio para estudantes 

Depois mais uma entrevista para o jornal El País 


Inês divide com os bailarinos as flores enviadas pelo Sodré: toi toi toi



por Marcela Benvegnu, de Montevidéu, Uruguai 

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Mesmo na folga: dança

Hoje é o nosso primeiro dia em Montevidéu. A cidade, que é a capital do Uruguai, localiza-se na zona sul do país, às margens do rio da Prata. Hoje é um dia de folga para os bailarinos, mas o que a maioria deles foi fazer pela manhã? Aula de balé. 

Nessas viagens é interessante notar o intercâmbio que podemos fazer com outras companhias. O balé do Auditorio Nacional del Sodré, dirigido por Julio Bocca fez hoje uma aula junto com os bailarinos da São Paulo Companhia de Dança. Eles eram tantos, que foram divididos em duas salas. 

Se os bailarinos estão de folga (nesse momento, por exemplo, estão assistindo aos ensaios do Sodré, que inclusive dança In the Middle, Somewhat Elevated, de William Forsythe, peça presente no repertório da São Paulo Companhia de Dança), a equipe técnica esta a mil para deixar o palco pronto para o espetáculo de amanhã. São ajustes de luz, posicionamento da caixa cênica, tudo para que nada saia do controle. Quando as pessoas chegam ao espetáculo, às vezes não tem noção de a equipe técnica passou a noite lá dentro... vendo cada pequeno detalhe para o espetáculo funcionar. 

Inês Bogéa, diretora artística da SPCD, também não parou. Já foram duas entrevistas pela manhã, e ainda temos mais duas no período da tarde. A SPCD assim, mesmo no dia de folga, está em movimento!

Até breve. Confira algumas imagens de hoje. 



Cartaz do espetáculo da SPCD na fachada do Sodré 

Visita técnica na noite de ontem: primeiro olhar para a caixa cênica 

Amanhã ele estará cheio 

Inês Bogéa e Julio Bocca: diretores artísticos 


Sala de ensaio do Sodré: bailarinos da SPCD em aula com eles 

Inês Bogéa e Luca Baldovino (superintendente de produção da SPCD), assistindo a aula do dia 

Brasileiros e estrangeiros: o mesmo idioma na sala de ensaio 

Mais sala de aula 

Primeira entrevista do dia: El Observador 


Na sequência, rádio ao vivo: El Espectador



Marcela Benvegnu, de Montevidéu, Uruguai